O candidato do PSB à
Presidência da República, Eduardo Henrique Accioly Campos, 49 anos completados
no domingo passado, morreu na manhã desta quarta-feira, 13, em um acidente
aéreo em Santos, litoral paulista.
Ele e parte de seu staff
estavam a bordo de um jatinho que saiu do Rio. Com o tempo chuvoso, a aeronave
tive
dificuldades para pousar, apresentou problemas e caiu no bairro Boqueirão.
Vice na chapa de Campos, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva não estava
no jato.
A Infraero confirmou a
morte de sete pessoas. Além de Campos, estavam na aeronave o assessor
Carlos Augusto Leal, o fotógrafo Alexandre Gomes Santos, Paulo Valadares Neto,
Marcelo Lira e os pilotos Marcos Martins e Geraldo da Cunha.
Campos tinha agenda prevista em
Santos, nesta manhã. Ele havia marcado uma entrevista para esta quarta-feira,
às 10 horas, na Praia do Mercado. A confirmação da morte do candidato foi
informada pelo deputado Júlio Delgado, presidente do diretório do PSB em Minas
Gerais.
Neto do ex-governador de
Pernambuco Miguel Arraes, Campos iniciou sua vida política nos anos 80, quando
elegeu-se presidente do Diretório Acadêmico de Economia da Universidade Federal
do Estado. Usava um caixote de madeira como a tribuna e um megafone para
pedir votos para "Doutor Arraes", então candidato a deputado federal,
em comícios relâmpagos na Praça do Diário, no centro do Recife.
Em 1986, se destacou na
campanha do avô ao governo pernambucano. Depois da vitória, tornou-se
chefe de gabinete e passou a seguir os passos de Arraes. Filho da
deputada Ana Arraes e do escritor Maximiano Campos, filiou-se ao Partido
Socialista Brasileiro (PSB) apenas em 1990, quando foi eleito deputado
estadual.
Chegou ao Congresso Nacional em
1994, eleito com 133 mil votos. No ano seguinte, foi secretário do governo e,
em 1996, secretário da Fazenda. Foi reeleito em 1998 para a Câmara Federal,
como deputado mais votado de Pernambuco, com 173.657 votos. Seu terceiro
mandato como deputado federal veio em 2002, quando se tornou um dos principais
articuladores do governo Lula.
Foi nomeado ministro da Ciência
e Tecnologia e, em 2005, assumiu a presidência nacional de seu partido.
Em 2006, se licenciou do cargo para concorrer ao governo do Estado, pela Frente
Popular de Pernambuco. Foi eleito. Quadro anos depois, acabou reeleito com
82,84% dos votos.
Até então, Campos era um aliado
do PT e de Lula. Mirando a disputa pelo Palácio do Planalto, rompeu com o
PT e aliou-se a Marina Silva. Nem mesmo sob a promessa de apoio a um voo solo
do PSB, em 2018, Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu convencer Campos a
concorrer ao Senado e desistir do plano de enfrentar a presidente Dilma
Rousseff.
Fonte: MSM
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