terça-feira, 27 de novembro de 2012

Rosemberg provoca e diz que 43 deputados ainda não fecharam com Nilo



Nas contas do deputado estadual Rosemberg Pinto (PT) que deu ultimato ao seu partido até esta terça-feira (27) para que defina se será ou não postulante à presidência da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) , ainda há indefinição em pelo menos dois terços da Casa. A avaliação é uma resposta ao cálculo propagado pelo atual chefe do parlamento baiano, Marcelo Nilo (PDT), que não só assegura ter o apoio de nada menos que nove partidos como pediu que o concorrente desistisse da candidatura (ver nota). "Não é verdade que ele tem hoje a maioria dos deputados ou partidos. Primeiro que ele só vai ter reunião com o PSD na quarta. Com o PT é amanhã [terça]. Terceiro que a oposição não fechou com ele. Só aí são 43 votos, contando só esses três agrupamentos. Além disso, no PCdoB, que ele disse que apoia ele, o deputado Álvaro Gomes já falou que não houve posição fechada com relação a apoio. Agora ele fica vendendo que tem isso", protestou o petista, em entrevista ao Bahia Notícias. Com o discurso de que "ao contrário de Marcelo Nilo, não sou candidato de mim mesmo", Rosemberg criticou ainda a inédita possibilidade de permanência do mesmo presidente por quatro mandatos consecutivos na AL-BA. "Eu discordo do método dele em se colocar como candidato e do procedimento de reeleição de forma indeterminada. É uma desmoralização do parlamento quando acontece isso. Joga-se a democracia de lado. Essa Casa Legislativa tem a capacidade de fazer o debate da pluralidade. Quando tem eleição de forma indefinida, é ruim. Na minha leitura, entendo que o regimento não permite a reeleição de forma indeterminada. Eu respeito porque é a posição dos meus pares", considerou. Nesta segunda (26), antes mesmo de qualquer definição, os dois postulantes se bicaram no plenário. Durante o pequeno expediente, Nilo provocou Rosermberg Pinto ao chamá-lo para falar à tribuna: "O nome do senhor está inscrito como orador. O senhor desiste de falar?". Na réplica, o petista demonstrou a sua mágoa com o discurso do aliado. "Já que o senhor quer que eu desista de ser candidato à presidência, eu também desisto de falar", retrucou. "Está bem, quero que o senhor desista de desistir. Quero ouvir o senhor", ponderou Nilo, na tréplica. A supressão ou a alargamento do imbróglio deverá ocorrer nesta terça. Uma reunião na liderança do PT na Assembleia, marcada para as 13h, definirá se o destino de Rosemberg será disputar o comando dos parlamentares ou acatar a "posição dos pares" ou ímpares.

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