A delegada Marta Dominguez indiciou na manhã de hoje       sob suspeita de extorsão o pai das meninas que       mantiveram relações sexuais com um padre de Niterói, no       Rio de Janeiro. Para a polícia, ele procurou obter       vantagens financeiras com um vídeo que mostra o       sacerdote fazendo sexo com as irmãs. O nome do pai das       meninas não será divulgado para não identificar as       meninas. De acordo com depoimentos de três testemunhas       apresentadas pelo padre à delegacia, o pai das meninas       pediu dinheiro e uma casa em troca da não divulgação do       material à imprensa. A existência de um filme, que       mostra o sacerdote fazendo sexo com duas meninas maiores       de 14 anos, foi publicada ontem pelo jornal “Extra”.       Esse vídeo pode demonstrar que houve consentimento, o       que não configura crime. A reportagem deixou recados na       casa e no celular do pai das meninas. Ele não retornou       às ligações até a tarde de hoje. O padre foi indiciado       em novembro sob suspeita de estupro de vulnerável por       três anos contra uma menina que hoje tem dez anos.       Dominguez afirmou anteontem que ele responderá pelo       mesmo crime cometido também contra a irmã da criança,       que atualmente tem 19 anos. Em novo depoimento na noite       de ontem, segundo a delegada, a jovem afirmou que foi       coagida a fazer sexo oral com o sacerdote aos 13 anos. O       advogado Roberto Vitagliano disse ontem que o padre       reconhece relações com as jovens de 15 e 19 anos desde o       ano passado. Ele nega qualquer abuso contra a garota de       dez anos, bem como qualquer contato íntimo com a irmã       mais velha antes do ano passado. “O padre não é       criminoso. A conduta e a postura do padre serão julgados       pela sua instituição e pelos seus fiéis. Mas       juridicamente ele é absolutamente inocente. Não há nada       contra ele”, disse o advogado. Vitagliano disse que o       padre foi extorquido pelo pai das duas irmãs. Após a       gravação do vídeo, o pai teria pedido dinheiro e uma       casa. “[O abuso da menina de sete anos] É uma deslavada       mentira. Não há elemento disso. A criança está sendo       manipulada de uma maneira absolutamente desumana. O       padre é uma pessoa muito simples. A apuração vai mostrar       que ele é vítima disso tudo”, declarou o advogado. O       padre levou três testemunhas para a delegacia com o       objetivo de provar a extorsão. O advogado afirmou que o       padre foi seduzido para que o vídeo fosse produzido e       usado para a extorsão. “Se forem pesquisar as moças       envolvidas na internet, vocês vão ver que são moças       totalmente lúcidas, bonitas e insinuantes. Acho que ele       foi seduzido. Passou a vida toda dentro da igreja       pregando e, de repente, se vê numa situação dessa.       Usando uma expressão que a própria Bíblia diz: “A carne       é fraca”. O padre é um ser humano.”
(Correio da Bahia)
 
 
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