
O professor do Instituto de Microbiologia da       Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maulori       Cabral, confirmou à Agência Brasil que bolsas femininas       têm mais micróbios do que na maioria dos vasos       sanitários, como é apontado por estudo da empresa       Initial Washroom Hygiene, do Reino Unido, especializada       em limpeza de banheiros públicos. “Tem mais micróbios na       superfície das bolsas das mulheres do que na superfície       dos vasos sanitários. As mulheres colocam a bolsa em       tudo que é lugar. Pegam na bolsa o tempo todo e ficam       passando micróbios da mão para a bolsa. E ninguém passa       água sanitária na bolsa”, diz. O estudo feito pela       companhia britânica revela que o creme de mãos, batons e       estojos de maquiagem são os itens mais sujos que as       mulheres carregam nas bolsas. Maulori Cabral concorda       com a pesquisa. “É o que ela [mulher] toca mais, mas,       pelo lado de fora”. Ele explicou que os batons,       sozinhos, já têm agentes antimicrobianos. O mesmo ocorre       em relação ao creme para mãos. Já os frascos que contêm       o creme estão a todo momento sendo segurados pelas mãos       femininas. Maulori Cabral esclareceu que quando uma       pessoa segura algum objeto, transfere para ele parte da       sua microbiota. “Todo bicho vivo que você conhecer tem       uma população de micróbios associada ao próprio corpo.       Cada pessoa tem as suas populações bacterianas. Esse       conjunto de populações bacterianas que está associada ao       corpo denomina-se microbiota”, disse. Cabral descartou,       entretanto, que o fato de as bolsas femininas       apresentarem mais micróbios que a superfície de vasos       sanitários põe em risco a saúde humana. “De maneira       nenhuma. Isso tudo é injeção de pânico”. A microbiota       faz parte da evolução dos seres vivos. Cada pessoa       carrega cerca de 100 trilhões de bactérias. “O corpo       adulto é formado por 10 trilhões de células que são       descendentes da fecundação, ou seja, da nossa origem       embrionária”. Quando a criatura nasce, se contamina com       bactérias, inclusive da própria mãe e, quando fica       adulta, carrega dez vezes mais bactérias do que células       embrionárias. “Quando você encosta em uma coisa, passa       para ela seus micróbios”. Na avaliação do virologista,       lavar as mãos de forma frequente não reduz o número de       bactérias presentes nas bolsas das mulheres. O que       precisa é lavar as mãos sempre antes das refeições e       depois de ir ao banheiro. “Quando lava as mãos, você não       se livra dos seus micróbios; você se livra dos micróbios       dos outros. Porque os seus fazem parte da sua microbiota.       Os dos outros é que podem fazer mal a você, ou não”.        Cabral reiterou que os seres humanos nascem para       conviver com os micróbios. “Fantasiar micróbios como       algo maléfico é o maior absurdo”. Ele disse que as       crianças tomam lactobacilos vivos porque isso faz bem à       sua saúde e disse que a contaminação microbiana é uma       coisa natural. Embora sejam invisíveis, os micróbios são       os seres mais poderosos do planeta, avaliou o professor       da UFRJ. Os micróbios fazem parte do cotidiano. Cabral       explicou que como o ser humano é um animal social, os       homens cumprimentam uns aos outros, trocando micróbios       no aperto de mãos. “A primeira coisa que você faz é:       fique com um pouco dos meus micróbios e me dê um pouco       dos seus”. Quando há mais intimidade com a outra pessoa,       trocam-se beijos. “Aí a coisa complica” porque, segundo       Cabral, cada gotícula de saliva tem 100 mil bactérias.        “Mas, tem coisa melhor do que trocar bactérias?”,        brincou o professor. Isso significa que quanto mais       íntimo for o cumprimento, mais a microbiota é       compartilhada.
(Informações do site Correio da Bahia)
 
 
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