sábado, 22 de dezembro de 2012

'O presente maior foi tratar a cidade por igual', diz prefeito sobre gestão


Depois de quase oito anos governando Salvador, João Henrique, tem apenas pouco mais uma semana no cargo de prefeito da terceira maior capital do país. Em entrevista à TV Bahia, afiliada da TV Globo, o prefeito falou sobre os dois mandatos e disse que o feito mais importante que ele deixa é uma cidade mais igual para os soteropolitanos.

“A Salvador do centro, a Salvador da cidade alta, tinha tudo, mas a Salvador do subúrbio, a Salvador da Cidade Baixa, das ilhas de Maré, Paramana, Bom Jesus, essas não tinham nada. Essa Salvador era completamente esquecida por parte das autoridades. Então, eu acho que esse foi o grande legado imaterial que eu acabei deixando nesse oito anos. A cidade toda tratada como uma única cidade. Todos nós temos direitos e deveres de cidadão como irmãos, moradores de uma única cidade”, disse.
Sobre as dificuldades que enfrentou durante a gestão da capital baiana, João Henrique destacou a baixa receita per capita de Salvador. Ele falou ainda sobre o que gostaria de ter feito durante os anos que este à frente da prefeitura de Salvador. “Dificuldades eu diria que o ponto número um é a baixíssima receita per capita de Salvador. Nós temos uma população que mora 70% de forma informal. Então, essas habitações informais não contribuem. E essa população cresce em uma razão de 60 a 100 mil novos moradores por ano. Quando a seca é muito forte no interior da Bahia, como foi este ano, a previsão é de cem mil novos moradores em Salvador, quando se fechar o ano agora em dezembro. Só que uma cidade que recebe um acréscimo populacional desta razão, sobretudo quando a seca é mais forte no interior da Bahia, e não tem receita, de fato, a equação é muito difícil”, afirmou.

Durante a entrevista, o prefeito de Salvador ressaltou que deu presentes pontuais à cidade e citou obras realizadas durante os últimos oito anos. “Foram muitos presentes pontuais. O presente maior foi tratar a cidade toda por igual, agora, houve muitos presentes pontuais. Eu diria que a travessia marítima Plataforma/ Ribeira, que estava desativada há 30 anos, nós a reativamos. O novo canteiro azul da Bonocô [Avenida], que está lindo, esperando somente inauguração do metrô. Nós tivemos a nova Centenário [Avenida], o novo Imbuí, a nova Vasco da Gama, que está ficando linda também. Fechamos canais que provocavam grandes alagamentos na cidade nesses três lugares e na Cidade Baixa. Várias áreas da Cidade Baixa nós corrigimos esses alagamentos com recursos federais. Várias encostas, contenção de encostas, em Salvador, pode ver que não se morre mais 20, 30, 40 famílias, como eram soterradas com as chuvas que caiam em Salvador. Hoje não tem mais essas tragédias, graças a Deus, por causa de todo um trabalho de prevenção que nós fizemos durante esses oito anos em Salvador. Então, em todas as áreas, da urbanização, 600 novas praças nós fizemos em oito anos. Seis pistas de skate. Salvador não tinha uma pista de skate, hoje tem seis pistas de skate, duas de capacidade para receber competições internacionais, duas pistas de bicicross, uma na praça de Guaratuba, em Stella Maris, e uma em Piatã, na frente do mar. Enfim, os ônibus amarelinhos a R$ 1, que transitam bairro a bairro facilitando a vida das pessoas. Agora, vamos entregar na próxima semana os trens do subúrbio com ar condicionado. Coisa que em Salvador do centro não tem e a Salvador do Subúrbio vai ter, transporte coletivo com ar condicionado. Estaremos entregando na próxima semana o primeiro trem do Subúrbio já com ar condicionado. Os estudantes das ilhas não viam estudar no continente porque não podiam pagar os barcos. Há oito anos que nós pagamos os barcos e 1.500 estudantes são trazidos diariamente para estudar em Salvador, tendo novos horizontes para o futuro. Então, foram muitas conquistas pontuais. Eu levaria muito tempo aqui para lhe narrar todas elas”, pontuou prefeito.

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